quarta-feira, janeiro 16, 2008

Sugestão...

escrevi ainda há pouco pela manhã, não estava fazendo nada, mas nada que estava fazendo me interessava.
e também escrevi por sugestão de uma pessoa que gosto muito, espero que alguém goste e espero que alguém leia, espero que ela goste também...

lá vai...

O melhor dia de sua vida

Vertigem sentimento urbano
A cidade canta sons catatônicos
Tudo passa rápido, velocidade da luz

Luzes de néon
Milhares vem e vão
Quase que no automático,
um ode a não-reflexão
caos, transito, buzinas aqui e acolá
todos a procura de um lugar ao sol
e este mesmo sol fervendo
queimando os neurônios,
Insolação!
O cheiro da modernidade apavora,
A tal fedentina do sucesso

Que tal um concentrado de co2
Ou ainda um enfisema pulmonar ?
O custo do progresso, ao menos o dito
É caro e desonesto
E a cidade continua a se mostrar
Sempre calendoscopica e esquizofrênica
Atraente, repelente, fria
Carros de luxo, roupas de grife
Os meninos de rua, as pessoas perdidas
(justamente onde supostamente se encontraria tudo)
e o tempo que passa rápido, mas entedia
o ócio dia sim, o ócio dia não
bata seu cartão..

mas o pior de todos é o ócio de todo dia
presente no total vazio
o zero de significado do ganha pão
nada lhe faz sentido e o ponteiro do relógio não anda
desanda...rotina
arrastado, arrasado e se arrastando
nada haver com a premissa do dinamismo
dinamismo citadino
uma hora(sem a dependência do relógio
aquele ingrato!)
algo será percebido
seu eu até então auto-relegado
e sempre mudo, surdo e preterido

irá gritar(mas grite alto)
(mas grite forte)
(mas grite além)
“chega, não agüento mais !”
e esse será o melhor dia de sua vida
se demita...

(Gustavo Arêas)

sábado, janeiro 05, 2008

Bêbado

Alguém por ae já ficou bêbado de café ?
pois então, estou e é legal...
estranho é estar cansado, morto e absurdamente necessitado de sono, mas não dormir

Maldita e bendita seja a cafeína.



O Recado

‘Saí e fui ver o mundo’
Era esse o recado na porta
Estranha consideração, solitária
Só e somente só, só o viam assim
Sondando, se indagando...suando e caçoando
Soando o nariz.
Coincidentemente sempre considerado infeliz
‘Mas que feliz idéia’, pensam todos que passam por
Pela porta do pequeno apartamento, aquele no oitavo andar
Daquela pequena rua qualquer,
comum em qualquer pequeno bairro
Era de fato um bairro qualquer, pequeno
daqueles que se encontra em qualquer cidade,
grande ou pequena
singelo e simples, quase um poema
mas não era uma qualquer pessoa aquele, esquisito
esquisito e sofredor, pelo menos sempre assim pré-julgado
Mas nunca pensou em fazer nada, para o meu
ou o seu agrado
“Dane-se”, palavra normal em seu vocabulário
expressava a sua má adaptação a todo momento
seus maneirismo, nada perto de boas maneiras
por todo canto, conto ou estorietas
elevador...mal-humor
estacionamento...roubava vagas alheias
mulheres...só queria as feias
Verdades ou boatos?
Nunca se soube...
sua maneira de expressar-se no mundo,
por assim poderia-se dizer
de querer diferente sempre ser
isso por mais mundano fosse, não havia escapatória
No final “ser” todo mundo era algo
Para o desagrado deste desagradável...
Fugiu do prédio e quis ser nada mundo afora
Triste fim, de triste figura
Que mesmo não querendo sempre foi algo,
De maneira caricata,
mesmo de maneira torta
Agora querendo ou não,
é e será aquele singelo recado a porta


(gustavo arêas)

terça-feira, dezembro 25, 2007

de fato um ócio criativio




praticamente uma criatividade insone, ócio critivo permeando a incapacidade de se dormir pós- comilança natalina.
No Despenteado

Ao se olhar no espelho
indaga-se:
"humano, por que o sou ?
e ainda em demasiado..."
estranhamente familiarizado
com o estranhamento quase diário
em se olhar e enxergar outro, outrem
(ao espelho)
contido no além e no leve despenteado
dos cabelos ao acordar.

Acabou por encontrar tal resposta.

(gustavo arêas)

terça-feira, dezembro 18, 2007

Dos sonhos à Latrina



-Há de ser menino
Ecoava aquela voz nasalada cheia de esperanças
-Apenas não quero que seja Flamengo, tomara que seja Vasco, mas não o obrigarei
Mais uma vez aquela voz nasalada, que voz chata!
-Também espero que seja capeta, mulherengo, safado, tudo como o pai
A voz agora trêmula, em algo lembrava um choro, e ainda nasalada prosseguia em seus sonhos, planos...cara chato!
-Estou grávida há apenas algumas semanas, acho que nem sexo a criança tem
Entrou uma outra voz, bela e sexy
-Que isso Cristina, não fale uma asneira dessa, é homem e será varão!
-Fique falando muito, repetindo muito isso, enchendo o saco que eu aborto.
Ops, perigo...essa palavra não é de meu agrado
-Mais uma vez eu insisto, não repita coisas desse tipo, anjo diz amém.
Esse cara de voz nasalada não é tão machão como veio se afirmar, Anjo ? Mané anjo rapá!
-Você e essas frescuras exotéricas, anjo, saci, gnomo, deus, coelho da páscoa é tudo a mesma coisa...não existe, a coisa mais absurda que existe no mundo é crente e ornitorrincos.
-Não vou discutir contigo, o bom deus me castigará se eu discutir com a mãe de meu filho.
-Nem sei se o filho é seu Carlos.
Ih além de bichinha é corno, que bucha!
-Pois agora começo a pensar nisso, você nunca foi a melhor das namoradas
-A melhor que você conseguiu ter
Hahaha, esse cara não pode ser meu pai
-Chega ! aborte esse merda, não quero ter um filho contigo
Perigo novamente está rondando, pior que não posso falar nada, não posso intervir.
-E além do mais, não agüentaria aquela velha gorda da sua mãe toda hora se metendo em minha vida.
-Beleza é isso que faremos, abortarei amanhã e retire o que você disse sobre minha mãe!
É pelo jeito nem precisei nascer para me dar mal, se bem que pelo que falam sobre o que é a vida talvez não seja para pior.
Seria Vasco e mulherengo, gostaria de ser escritor e com certeza iria amar ver o mar...para quem pensava em ver o mar a latrina é o fundo do poço, mas quem diria dos sonhos à latrina!



Pequena tentativa no mundo das crônicas, ficou ruim mas com o tempo melhoro

quinta-feira, dezembro 13, 2007

As vezes posto, mas nem sempre


As vezes


Ventos de renovação batem a porta e abrem a janela
Nada há para ser feito, a despeito de nada
Alguns olham para frente e procuram um futuro melhor
Sintam que estão desperdiçando algo precioso
O acaso por muitas vezes cruel,
é indiferente a isso..em qualquer caso
“Leve seu guarda-chuva, vai chover.”
Sempre julguei este julgo deveras insensato,
deveras.. presunçoso!
Confio em meu bom Deus dias melhores
Mas não lhe confio o dia, este hoje ou aquele amanhã,
ludibriando-me ao sabor de cada desencontro
Perdido?
Só e somente só pelo encanto, de as vezes me perder em desencanto
Ser e estar soa tão permanente, tão concreto
Cinza?
Somente o dos prédios, ou da cidade e sua fumaça
Todo o dia se toma aquele bom café
Açúcar ou adoçante ?
Fica ao gosto, sem desgosto...mas com açúcar acho mais gostoso
Mas não é todo dia que chove, não é à toa
Tudo se move, remove, dissolve, corroe
Enferruja, destrói...constrói
Indiferente ou não ao guarda-chuva, sem ressalvas
Indiferente ou não ao meu bom Deus, continua-se
As vezes dia, as vezes noite..todo o dia
As vezes sol, as vezes chuva...por todo o ano
As vezes as vezes, as vezes sempre...mas sempre as vezes
Me perguntas, “Onde queres chegar?”
“Não sei bem, se para bem ou para mal, não sei!”
As vezes é bom não saber...


















segunda-feira, novembro 19, 2007

Como de costume


Passei tempos sem postar, como de costume, mas há uma desculpa das boas dessa vez.
Ando num vazio de criatividade, não tenho conseguido escrever nada, ao menos nada que eu ache que preste ou pelo menos nada que eu me preste a postar nesse meio.
Depois desse tempo finalmente consegui escrever um poeminha, mas não tá lá essas coisas...ao menos é postável...

Um dia

Um dia,
e cai a chuva lá fora
Gravidade!
As horas vão indo devagar
Tic-tac
Ansiedade...
O café ainda não ficou pronto
Mas cheira...
Memória cheia de histórias,
estórias e contos
Na melodia dos acordes,
das músicas da moda no rádio
Troco de estação
-queria que fosse verão!
Penso, a mente fervilha
Café no ponto,
Tomo antes que esfria...
Inverno chato...frio
Entedia
Olho relógio
Penso: “atrasado”
Meio dia!
Mais um dia passando
Passado chegando e tomando,
de assalto o que um dia foi..
Futuro
E acontece, acontece...
Acostume.
Lentamente,
mas assusta
-que velocidade!
-que derrepente!
Repentinamente...
A chuva também se vai
O calor da luz invade a casa
A brisa de terra molhada também
-que beleza de dia!
Que devagar se vai
Até que numa hora recai
Lentamente escurece
A penumbra toma espaço
A noite acontece
Mais um dia se foi...
Cansaço
!

(Gustavo Arêas)

domingo, novembro 18, 2007

samba é privilégio de poucos


Não tinha nada para fazer então resolvi postar, postei como sempre um poema, só que desse eu não sou muito fã...ele soa para mim muito "esboço", mas fazer o que, não sou genial e nem sempre consigo dar vazão para minha suposta criatividade


Ecos...

A luz atingiu a areia,

Iluminando aquela pobre criança

Com choro e solidão, abandonada

De pele avermelhada, mas não pela ação da luz

não pronuncia palavras, mas longe de estar calada

prenuncio do fim que acaba de zarpar.

Tambores rufam e percorrem as matas

Uma vez julgado paraíso perdido,

Agora enfim está prestes a se perder

Homens grandes de olhos e peles claras

Ensopados de suor, roupas pesadas

Tambores, trombetas...armas

Chegaram, dizem, com a real palavra

Às margens de um rio com águas diferenciadas

Vermelho, mas não da cor da pele da criança, a citada

Mas sim por dor, sangue!

De longe se vê, o front está armado,

vieram reivindicar posse

-Propriedade?

Assustados, perguntam os nativos

“Rei, reino, regra”

tantas palavras com “r”

-Trouxemos civilização!

dizem os peles claras,

e dizem que em nome do rei e do livro,

da tal real palavra,

João, Matheus, Lucas, Jesus... Cristo...

Deus e toda a santíssima trindade formada (amém)

-Cristãos sereis por vontade própria ou forçada

mais uma vez ordena os peles claras

E assim a terra uma vez julgada sagrada,

começa desde já a sangrar

Fugindo de tais palavras, supostamente de paz e compreensão

nas escrituras consagradas,

versículo à salmo, salmo à versículo

paulatinamente profanadas

Uma vez esta terra que soou sacra,

agora está amaldiçoada

O verde, as matas...começa-se a derrubada,

cana, algodão, tabaco, escravidão

A partir daí o destino dessa terra foi selado

E a criança continua a chorar, e continuará

nas areias daquela praia qualquer

ao sol, a sorte, perecerá,

e o eco do choro continuará a ecoar

por séculos e séculos a frente,

pois ao contrário de uma outra criança,

que nasceu em algum outro lugar

esta não veio ao mundo para reinar’


(Gustavo Arêas)

domingo, setembro 16, 2007

é...

Vovô se foi, julgo que para o bem dele.
Apesar de já ter sido o esperado, acaba por te tocar.Não tou 100%
Ao menos acabou o sofrimento para ele e para nós, passar por três ataques cardiacos da manhã de sexta à noite de sábado não é fácil, tchau vovô.


Em nome do pai e do filho

Berros e gritos anunciavam: Fim!
As horas se passaram e algo surpreendeu
O sol nasceu de novo, nesse domingo
O tempo não é estático e passa, passa sim


Interessante a revelação das insignificâncias
Continuamos conjugando verbos de superioridade
Os castelos e as plantações acabam por nos provar, nada
E que nossa onipotência é bem vaga e discorre pelos dedos
Líquida..


O céu está logo acima e não escureceu fora de hora
O dia não está de luto, apenas nós
O processo natural se fez e o equilíbrio dança
Que pujança, que indiferença...


E repito, mais uma vez se prova
Do pó vieste, ao pó retornarás
Providenciaram-lhe vida
e este é o preço, não há trocados
Sobra-se apenas lagrimas e discursos, orações


Se nada é, nada pensará
O sofrimento fica para cá
A paz prometida tardou, mas chegou
Querendo ou não, é e está


Ficam as lembranças, construções da memória
O passado também se foi, e morreu, e nos engana
Isso sim é o real significado, o real luto
Não se volta, nada volta,
paremos com os rodeios e as voltas e voltas


Mas gostamos de nos enganar
O passado(morto) está vivo
Nossas mentes e corações exprimem
“foste grande e foste nosso, até breve!”


Indiferente a isso tudo se vem um pensamento
A paz veio, chegou e chegará a todos
apenas exasperados esperemos a extremunção

“Em nome do Pai e do Filho”

(gustavo arêas)

sexta-feira, setembro 07, 2007

Depois de um bom intervalo sem postar cá estou, será que conseguirei um dia não esquecer de atualizar essa porcaria?
De fato ninguém lê, estranho postar para ninguém ler...



O Tempo e o Vento.

Mais uma noite, e mais um dia vai se indo
O trem passa pelos trilhos, barulhento.
-que calor abrasador, derretendo
Espero um acalento

A brisa suave da primavera não me refresca mais
Febre!
A cada gota de suor corrida pele a baixo
Frio!
Fede...

Câimbra, destruído pelo tempo e o vento
Às vezes me sinto só, às vezes só um momento
Não me preocupo com o tempo e nem o vento
Apenas não gosto da solidão, nenhum momento, com ou sem vento

Ao menos a noite tenho companhia
Das estrelas, céu a fora
Iluminam-me e a todos
Vou jantar tranqüilo..

Há um horizonte, um admirável
Tapado pelos prédios, que também impedem o vento
Mas não impedem o tempo
Espero que também esqueçam o momento

E quando chegar, estarei bem
Jantarei tranqüilamente, todas as noites
Com ou sem estrelas
Somente sua companhia já me bastaria...

(Gustavo Arêas)

sábado, agosto 18, 2007


Andar por aquelas ruas sinuosas, passar pelo transito caótico, sorrir por ser mais um dia, "ah...que dia!" e esperar.O dia seguinte novamente o trânsito caótico, as ruas estreitas e sinuosas e sujas ...e lá estou eu sorrindo novamente, que dia!
Não sei precisar se ontem houve sol ou chuva, sol está lá(sempre) iluminando, como sempre estará...tem feito mais dias de sol, meu humor me diz isso, que dias!
Ontem me chamastes para dançar, "desculpe-me, não sei", "ah que isso, vamos", "tá" - pausa- havia um bêbado por entre nós, mesmo bêbados...
Havia um bêbado, um idiota e muita introspecção.Incompetência!
Só sei dizer que gostei de vê-la, mesmo odiando vê-la nos braços de outro...

acho que ontem houve sol e chuva...Casamento de viúva ?