domingo, setembro 16, 2007

é...

Vovô se foi, julgo que para o bem dele.
Apesar de já ter sido o esperado, acaba por te tocar.Não tou 100%
Ao menos acabou o sofrimento para ele e para nós, passar por três ataques cardiacos da manhã de sexta à noite de sábado não é fácil, tchau vovô.


Em nome do pai e do filho

Berros e gritos anunciavam: Fim!
As horas se passaram e algo surpreendeu
O sol nasceu de novo, nesse domingo
O tempo não é estático e passa, passa sim


Interessante a revelação das insignificâncias
Continuamos conjugando verbos de superioridade
Os castelos e as plantações acabam por nos provar, nada
E que nossa onipotência é bem vaga e discorre pelos dedos
Líquida..


O céu está logo acima e não escureceu fora de hora
O dia não está de luto, apenas nós
O processo natural se fez e o equilíbrio dança
Que pujança, que indiferença...


E repito, mais uma vez se prova
Do pó vieste, ao pó retornarás
Providenciaram-lhe vida
e este é o preço, não há trocados
Sobra-se apenas lagrimas e discursos, orações


Se nada é, nada pensará
O sofrimento fica para cá
A paz prometida tardou, mas chegou
Querendo ou não, é e está


Ficam as lembranças, construções da memória
O passado também se foi, e morreu, e nos engana
Isso sim é o real significado, o real luto
Não se volta, nada volta,
paremos com os rodeios e as voltas e voltas


Mas gostamos de nos enganar
O passado(morto) está vivo
Nossas mentes e corações exprimem
“foste grande e foste nosso, até breve!”


Indiferente a isso tudo se vem um pensamento
A paz veio, chegou e chegará a todos
apenas exasperados esperemos a extremunção

“Em nome do Pai e do Filho”

(gustavo arêas)

sexta-feira, setembro 07, 2007

Depois de um bom intervalo sem postar cá estou, será que conseguirei um dia não esquecer de atualizar essa porcaria?
De fato ninguém lê, estranho postar para ninguém ler...



O Tempo e o Vento.

Mais uma noite, e mais um dia vai se indo
O trem passa pelos trilhos, barulhento.
-que calor abrasador, derretendo
Espero um acalento

A brisa suave da primavera não me refresca mais
Febre!
A cada gota de suor corrida pele a baixo
Frio!
Fede...

Câimbra, destruído pelo tempo e o vento
Às vezes me sinto só, às vezes só um momento
Não me preocupo com o tempo e nem o vento
Apenas não gosto da solidão, nenhum momento, com ou sem vento

Ao menos a noite tenho companhia
Das estrelas, céu a fora
Iluminam-me e a todos
Vou jantar tranqüilo..

Há um horizonte, um admirável
Tapado pelos prédios, que também impedem o vento
Mas não impedem o tempo
Espero que também esqueçam o momento

E quando chegar, estarei bem
Jantarei tranqüilamente, todas as noites
Com ou sem estrelas
Somente sua companhia já me bastaria...

(Gustavo Arêas)