terça-feira, dezembro 25, 2007

de fato um ócio criativio




praticamente uma criatividade insone, ócio critivo permeando a incapacidade de se dormir pós- comilança natalina.
No Despenteado

Ao se olhar no espelho
indaga-se:
"humano, por que o sou ?
e ainda em demasiado..."
estranhamente familiarizado
com o estranhamento quase diário
em se olhar e enxergar outro, outrem
(ao espelho)
contido no além e no leve despenteado
dos cabelos ao acordar.

Acabou por encontrar tal resposta.

(gustavo arêas)

terça-feira, dezembro 18, 2007

Dos sonhos à Latrina



-Há de ser menino
Ecoava aquela voz nasalada cheia de esperanças
-Apenas não quero que seja Flamengo, tomara que seja Vasco, mas não o obrigarei
Mais uma vez aquela voz nasalada, que voz chata!
-Também espero que seja capeta, mulherengo, safado, tudo como o pai
A voz agora trêmula, em algo lembrava um choro, e ainda nasalada prosseguia em seus sonhos, planos...cara chato!
-Estou grávida há apenas algumas semanas, acho que nem sexo a criança tem
Entrou uma outra voz, bela e sexy
-Que isso Cristina, não fale uma asneira dessa, é homem e será varão!
-Fique falando muito, repetindo muito isso, enchendo o saco que eu aborto.
Ops, perigo...essa palavra não é de meu agrado
-Mais uma vez eu insisto, não repita coisas desse tipo, anjo diz amém.
Esse cara de voz nasalada não é tão machão como veio se afirmar, Anjo ? Mané anjo rapá!
-Você e essas frescuras exotéricas, anjo, saci, gnomo, deus, coelho da páscoa é tudo a mesma coisa...não existe, a coisa mais absurda que existe no mundo é crente e ornitorrincos.
-Não vou discutir contigo, o bom deus me castigará se eu discutir com a mãe de meu filho.
-Nem sei se o filho é seu Carlos.
Ih além de bichinha é corno, que bucha!
-Pois agora começo a pensar nisso, você nunca foi a melhor das namoradas
-A melhor que você conseguiu ter
Hahaha, esse cara não pode ser meu pai
-Chega ! aborte esse merda, não quero ter um filho contigo
Perigo novamente está rondando, pior que não posso falar nada, não posso intervir.
-E além do mais, não agüentaria aquela velha gorda da sua mãe toda hora se metendo em minha vida.
-Beleza é isso que faremos, abortarei amanhã e retire o que você disse sobre minha mãe!
É pelo jeito nem precisei nascer para me dar mal, se bem que pelo que falam sobre o que é a vida talvez não seja para pior.
Seria Vasco e mulherengo, gostaria de ser escritor e com certeza iria amar ver o mar...para quem pensava em ver o mar a latrina é o fundo do poço, mas quem diria dos sonhos à latrina!



Pequena tentativa no mundo das crônicas, ficou ruim mas com o tempo melhoro

quinta-feira, dezembro 13, 2007

As vezes posto, mas nem sempre


As vezes


Ventos de renovação batem a porta e abrem a janela
Nada há para ser feito, a despeito de nada
Alguns olham para frente e procuram um futuro melhor
Sintam que estão desperdiçando algo precioso
O acaso por muitas vezes cruel,
é indiferente a isso..em qualquer caso
“Leve seu guarda-chuva, vai chover.”
Sempre julguei este julgo deveras insensato,
deveras.. presunçoso!
Confio em meu bom Deus dias melhores
Mas não lhe confio o dia, este hoje ou aquele amanhã,
ludibriando-me ao sabor de cada desencontro
Perdido?
Só e somente só pelo encanto, de as vezes me perder em desencanto
Ser e estar soa tão permanente, tão concreto
Cinza?
Somente o dos prédios, ou da cidade e sua fumaça
Todo o dia se toma aquele bom café
Açúcar ou adoçante ?
Fica ao gosto, sem desgosto...mas com açúcar acho mais gostoso
Mas não é todo dia que chove, não é à toa
Tudo se move, remove, dissolve, corroe
Enferruja, destrói...constrói
Indiferente ou não ao guarda-chuva, sem ressalvas
Indiferente ou não ao meu bom Deus, continua-se
As vezes dia, as vezes noite..todo o dia
As vezes sol, as vezes chuva...por todo o ano
As vezes as vezes, as vezes sempre...mas sempre as vezes
Me perguntas, “Onde queres chegar?”
“Não sei bem, se para bem ou para mal, não sei!”
As vezes é bom não saber...


















segunda-feira, novembro 19, 2007

Como de costume


Passei tempos sem postar, como de costume, mas há uma desculpa das boas dessa vez.
Ando num vazio de criatividade, não tenho conseguido escrever nada, ao menos nada que eu ache que preste ou pelo menos nada que eu me preste a postar nesse meio.
Depois desse tempo finalmente consegui escrever um poeminha, mas não tá lá essas coisas...ao menos é postável...

Um dia

Um dia,
e cai a chuva lá fora
Gravidade!
As horas vão indo devagar
Tic-tac
Ansiedade...
O café ainda não ficou pronto
Mas cheira...
Memória cheia de histórias,
estórias e contos
Na melodia dos acordes,
das músicas da moda no rádio
Troco de estação
-queria que fosse verão!
Penso, a mente fervilha
Café no ponto,
Tomo antes que esfria...
Inverno chato...frio
Entedia
Olho relógio
Penso: “atrasado”
Meio dia!
Mais um dia passando
Passado chegando e tomando,
de assalto o que um dia foi..
Futuro
E acontece, acontece...
Acostume.
Lentamente,
mas assusta
-que velocidade!
-que derrepente!
Repentinamente...
A chuva também se vai
O calor da luz invade a casa
A brisa de terra molhada também
-que beleza de dia!
Que devagar se vai
Até que numa hora recai
Lentamente escurece
A penumbra toma espaço
A noite acontece
Mais um dia se foi...
Cansaço
!

(Gustavo Arêas)

domingo, novembro 18, 2007

samba é privilégio de poucos


Não tinha nada para fazer então resolvi postar, postei como sempre um poema, só que desse eu não sou muito fã...ele soa para mim muito "esboço", mas fazer o que, não sou genial e nem sempre consigo dar vazão para minha suposta criatividade


Ecos...

A luz atingiu a areia,

Iluminando aquela pobre criança

Com choro e solidão, abandonada

De pele avermelhada, mas não pela ação da luz

não pronuncia palavras, mas longe de estar calada

prenuncio do fim que acaba de zarpar.

Tambores rufam e percorrem as matas

Uma vez julgado paraíso perdido,

Agora enfim está prestes a se perder

Homens grandes de olhos e peles claras

Ensopados de suor, roupas pesadas

Tambores, trombetas...armas

Chegaram, dizem, com a real palavra

Às margens de um rio com águas diferenciadas

Vermelho, mas não da cor da pele da criança, a citada

Mas sim por dor, sangue!

De longe se vê, o front está armado,

vieram reivindicar posse

-Propriedade?

Assustados, perguntam os nativos

“Rei, reino, regra”

tantas palavras com “r”

-Trouxemos civilização!

dizem os peles claras,

e dizem que em nome do rei e do livro,

da tal real palavra,

João, Matheus, Lucas, Jesus... Cristo...

Deus e toda a santíssima trindade formada (amém)

-Cristãos sereis por vontade própria ou forçada

mais uma vez ordena os peles claras

E assim a terra uma vez julgada sagrada,

começa desde já a sangrar

Fugindo de tais palavras, supostamente de paz e compreensão

nas escrituras consagradas,

versículo à salmo, salmo à versículo

paulatinamente profanadas

Uma vez esta terra que soou sacra,

agora está amaldiçoada

O verde, as matas...começa-se a derrubada,

cana, algodão, tabaco, escravidão

A partir daí o destino dessa terra foi selado

E a criança continua a chorar, e continuará

nas areias daquela praia qualquer

ao sol, a sorte, perecerá,

e o eco do choro continuará a ecoar

por séculos e séculos a frente,

pois ao contrário de uma outra criança,

que nasceu em algum outro lugar

esta não veio ao mundo para reinar’


(Gustavo Arêas)

domingo, setembro 16, 2007

é...

Vovô se foi, julgo que para o bem dele.
Apesar de já ter sido o esperado, acaba por te tocar.Não tou 100%
Ao menos acabou o sofrimento para ele e para nós, passar por três ataques cardiacos da manhã de sexta à noite de sábado não é fácil, tchau vovô.


Em nome do pai e do filho

Berros e gritos anunciavam: Fim!
As horas se passaram e algo surpreendeu
O sol nasceu de novo, nesse domingo
O tempo não é estático e passa, passa sim


Interessante a revelação das insignificâncias
Continuamos conjugando verbos de superioridade
Os castelos e as plantações acabam por nos provar, nada
E que nossa onipotência é bem vaga e discorre pelos dedos
Líquida..


O céu está logo acima e não escureceu fora de hora
O dia não está de luto, apenas nós
O processo natural se fez e o equilíbrio dança
Que pujança, que indiferença...


E repito, mais uma vez se prova
Do pó vieste, ao pó retornarás
Providenciaram-lhe vida
e este é o preço, não há trocados
Sobra-se apenas lagrimas e discursos, orações


Se nada é, nada pensará
O sofrimento fica para cá
A paz prometida tardou, mas chegou
Querendo ou não, é e está


Ficam as lembranças, construções da memória
O passado também se foi, e morreu, e nos engana
Isso sim é o real significado, o real luto
Não se volta, nada volta,
paremos com os rodeios e as voltas e voltas


Mas gostamos de nos enganar
O passado(morto) está vivo
Nossas mentes e corações exprimem
“foste grande e foste nosso, até breve!”


Indiferente a isso tudo se vem um pensamento
A paz veio, chegou e chegará a todos
apenas exasperados esperemos a extremunção

“Em nome do Pai e do Filho”

(gustavo arêas)

sexta-feira, setembro 07, 2007

Depois de um bom intervalo sem postar cá estou, será que conseguirei um dia não esquecer de atualizar essa porcaria?
De fato ninguém lê, estranho postar para ninguém ler...



O Tempo e o Vento.

Mais uma noite, e mais um dia vai se indo
O trem passa pelos trilhos, barulhento.
-que calor abrasador, derretendo
Espero um acalento

A brisa suave da primavera não me refresca mais
Febre!
A cada gota de suor corrida pele a baixo
Frio!
Fede...

Câimbra, destruído pelo tempo e o vento
Às vezes me sinto só, às vezes só um momento
Não me preocupo com o tempo e nem o vento
Apenas não gosto da solidão, nenhum momento, com ou sem vento

Ao menos a noite tenho companhia
Das estrelas, céu a fora
Iluminam-me e a todos
Vou jantar tranqüilo..

Há um horizonte, um admirável
Tapado pelos prédios, que também impedem o vento
Mas não impedem o tempo
Espero que também esqueçam o momento

E quando chegar, estarei bem
Jantarei tranqüilamente, todas as noites
Com ou sem estrelas
Somente sua companhia já me bastaria...

(Gustavo Arêas)

sábado, agosto 18, 2007


Andar por aquelas ruas sinuosas, passar pelo transito caótico, sorrir por ser mais um dia, "ah...que dia!" e esperar.O dia seguinte novamente o trânsito caótico, as ruas estreitas e sinuosas e sujas ...e lá estou eu sorrindo novamente, que dia!
Não sei precisar se ontem houve sol ou chuva, sol está lá(sempre) iluminando, como sempre estará...tem feito mais dias de sol, meu humor me diz isso, que dias!
Ontem me chamastes para dançar, "desculpe-me, não sei", "ah que isso, vamos", "tá" - pausa- havia um bêbado por entre nós, mesmo bêbados...
Havia um bêbado, um idiota e muita introspecção.Incompetência!
Só sei dizer que gostei de vê-la, mesmo odiando vê-la nos braços de outro...

acho que ontem houve sol e chuva...Casamento de viúva ?

quarta-feira, julho 11, 2007




"Para quebrar o vazio do tempo
mesmo que apenas por um tempo"


sábado, junho 23, 2007

depois de mais uma tempão longe estamos de volta

É estamos bem afastados do blog o que é de fato uma pena, pois aqui esbojamos idéias, sentimentos, ideais e sátiras.
Chego através dessa apenas com o intuito de avisar que em breve voltaremos a postar algo de mais concreto ou quem sabe ainda postar uma inusitada nova sessão de cinema que não vem mais ocorrendo.
Pelo menos eu gostaria de deixar bem claro aqui que ando (eu no caso é o Gustavo) num momento de bastante criatividade, ando tendo mares e mares de idéias que a primeira vista soam bem interessantes em meu julgamento, ter saído do mundo jurídico me fez bem, matei boa parte dos meus demônios, afinal era um mundo que eu pretendia, mas não pertencia, um estranho no ninho melhor dizendo, nem todos conseguem ser Rômulo e Remo que apesar de humanos foram amamentados por uma loba. A loba jurídica não dava um bom leite e a amamentação não me fez crescer.
Bem é isso, em breve (talvez hoje) eu poste algo meu tipo um poema (ou pretenso poema ou ainda poema em potencial) ou alguma crítica ou crônica feita por mim recentemente. O ócio é criativo, mas ele me gera uma preguiça e essa preguiça me toma e me consome por completo, espero ter paciência para bater algo em breve.
Abraços.


domingo, abril 15, 2007

IMPERDIVEL!!!

O CHEIRO DO RALO


Filme brilhante!! É o nosso cinema nacional arrasando e deixando todo mundo encantado com um cheirinho de merda genial!!
Um filme com vários signos e significados. Fala da história de um homem “escroto” que aprendeu a ser frio pra não se deixar levar pelos sentimentos dos outros e com isso lucrar mais
com o antiquário em que trabalhava. Essa diferença de comprar e ganhar é bem marcante no filme que mostra as diversas formas de como fugir do domínio dos sentimentos e com isso não ser dominado por eles.
Outro ponto marcante do filme, não poderia ser outro senão o ralo. Um elemento marcante e de cheiro forte que está na história de forma permanente, mexendo com a cabeça do personagem principal tornando-se assim objeto de reflexão por parte deste.
Resumindo, o filme é muito bem feito, com ótimo roteiro, ótimos atores, e que mostra a força do cinema nacional, pois mesmo fedendo a merda o filme arrasa!!

(por: Marcelo França)

terça-feira, abril 03, 2007

de volta novamente(e novamente este título de volta)

Olá caros leitores, fato que ninguém aparece neste meio fajuto de comunicação pessoal e mesmo que aparecesse perderia a paciência com tanta demora e intervalo por entre as postagens.
Não prometerei mais nenhuma postagem dessa vez (como as não cumpridas passadas), espero não demorar a postar novamente, mas garantir que é bom nada!
Estou com duas "brincadeirinhas com as palavras” finalizadas, que nunca tiveram ou terão pretensão de serem chamadas de poemas e um texto que eu fiz sobre a passagem do Bush, ascensão Chavista e questão ambiental (para ver como estou atualizado), irei postar um a um, por vez.Primeiramente a "brincadeirinha" que gostei mais, se chama “Coração Abacate”.



Coração Abacate


Meu coração bate
como caroço de abacate
bate, mas não apenas bate
bate por ela

Como é gostoso esse sentimento
tão bom como o feijão gordurento
gordurento no barro
no barro da panela

Feito com toda atenção, carinho
por aquela senhora vivida
cozinheira de vida dura
natural e atual da favela

Mau paga e muito cobrada
e como sou um esperto bom burguês
tento explicá-la agora, nada e tudo
agora e por vez

Que por mais dura que seja
e triste que assim esteja
a vida se fez e se faz
toda vez e nada mais
a mistura de final comum

Mesmo dura à vida
desumana como soa ser
para quem do sol nascer
ao escurecer
trabalha para não perecer

esquentando e requentando
o gostoso e gordurento feijão,
de ponta a ponta na cidade
atrás de seu ganha pão

e sempre explico
como uma receita... na panela
apesar da dureza e tristeza
e de sujeitos a todo tipo de surpresa
a mistura de tudo em comum
a faz bela
bela quem ?
ela.

a vida.

(gustavo arêas)

sei que ficou confuso e de rimas manjadas, mas eu gostei

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

mais um poeminha


Só para que esse blog não fique tanto tempo parado, apesar de que ninguém visita essa joça mesmo...

Só noite sobrou

Lembro-me com carinho daquelas noites
em que abraçados abraçávamos as estrelas
será que vivemos para admirar o luar, sobreviveremos aos açoites ?
não nos importávamos, o importante era só estar

Passado e presente constantes, dizem
que a intensidade e a tensão de nós
que dessa vez a noite que nos abraçou
e em meio a tudo continuaremos sós

As flores apodreceram e se despedaçam sob o ar
alegria sendo apenas alegoria
ludibriado pelo convite de apenas me lembrar
o dia em que o que importava era apenas o sol nascer..o sol raiar
e agora só noite sobrou

O tempo despedaça qualquer motivo
na sua inconstância não há clemência
cicatrizes expostas e lagrimas percorrendo as rugas
só resta uma resposta, um alívio
peço para ser levado com a demência

As estrelas ainda darão respostas ?
Um dia a mais sem a beleza do amanhecer?
Mas as marcas das feridas estarão expostas
ao tempo destinado a perecer


(Gustavo A.)

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

ao menos é carnaval

Nesses últimos dias temos visto a sede aumentar, mas não a sede por água devido ao calor e desidratação e sim a sede por sangue e vingança.
O Brasil foi tomado por um sentimento assim e não condeno ninguém pois também tomei corpo nesse espírito, o assassinato brutal do menino de 6 anos acendeu essa chama mas ao que isso irá poder nos levar ?
Mais sangue talvez, mais opressão e mais inoperância estatal. Isso é certo não duvidem, a questão da menoridade penal novamente aparece a tona, no caso a discução é; se devemos ou não ser reduzi-la. Um governador oportunista entra em ação em sua clara campanha presidencial, se aproveitando dos flashes para crescer e aparecer com a desculpa de "autonomia" .
Dar mais poder à um estado que já não cumpre seus deveres mínimos é algo inconsebível para minha inteligência, o estado se tornará mais opressor e menos operante já que aumentariam suas responsabilidades. Já chegou-se ao ponto de pensar a se discutir controle de natalidade dos pobres(fascismo?), de fato nossa democracia chora...pelo menino , pela família dele e por idéias/ideais oportunistas que "se aproventam" de momentos como esse de apavoramento geral para impor e propor suas demênciais "tapa-buracos" paleativas.
Reduzir a idade penal não trará o menino João de volta, não impedirá que outros menores cometam crime(como se alguém que praticasse tais atos pensasse em ser preso) e o pior de tudo é que só agravará a situação já caótica de nossos presídios (que não recuperam ninguém, muito pelo contrário) e o distanciamento entre ricos e pobres só aumentará, ambos atrás das grades :pobres na cadeia e ricos nos condomínios
Nesse caso em específico não foi ocasionado por uma "simples" questão social, o roubo sim, mas não a morte do garoto, há de revermos todas as bases: família, moral, religião, etc...
Essa foi uma demonstração da "crise espiritual" dessa "pós-modernidade" caótica, encimentada e encinzentada, com os marginais presos ou não coisas do tipo só aumentarão se nada em todos esses sentidos não for feito. Temos que dessegregar nossa cidade/estado/país, temos que rever nossa moral e temos de reconhecer o papel importante da religiãoe principalmente temos que acabar com essa divisão social ricos que são poucos com tudo e todo o resto da população que é pobre carente de tudo(inclusive de Deus), sem isso não haverá paz!
Apenas a paz eterna do leito final, que ae sim todos são iguáis.

Ao menos é carnaval...


Para esbossar o meu sentimento carnavalesco eu irei postar uma marchinha que fiz, que tem uma caracteristica bem marchinha e outra que é quase que a antítese.
A caracteristica bem marchinha é o fato de ser algo de rima pobre e clichê, já a caracteristica que difere em absurdos é a que é longa demais para se caracterizar como tal.

Só o carnaval me cativa

Sexta-feira é um dia esperado
o ano passa inteiro por apenas um ideal
4 dias, o dia inteiro agitado
para exaltarmos o carnaval

Mandaram lhe avisar
que a poeira deve abaixar
que o Sol à de brilhar
não há motivos para chorar
a festa acaba de chegar

O carnaval resume bem a vida
dias de sol e alegria, dias de ressaca
cicatrizes e feridas
e passa com uma rapidez de assustar
a festa mal começa e já ensaia acabar

Comemorar sem motivos
Finalmente o momento é do profano
O Sagrado dá espaço para os vivos
Pena ser apenas uma vez ao ano

Mas que pena os dias de carnaval se acabaram
O ano se perde e começa a contagem regressiva
amores nasceram e outros mucharam
e tudo voltará ao normal, mas não me leve a mal,
só o carnaval me cativa...


sei que tá tosco, mas é intencional...marchinha sem letra tosca não é marchinha!



(Gustavo Arêas)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

estamos de volta

Sei que estamos há séculos sem postar, sem dúvida não foi por falta de tempo e sim por preguiça.

Portanto eu(Gustavo) em nome dos outros dois donos dessa joça peço desculpas públicas aos nossos muitos dois ou três leitores eventuais...
para encher linguiça e preencher momentaneamente o vazio existencial da vida devocês aqui estou para mandar uma poesia, com uma fotinha tirada por mim...
não liguem se o poema for ruim, afinal fui em que escrevi(só tou mandando por falta do que mandar)

então lá vai :



Abstração

Sonhar acordado me parece tão real
quanto andar por ae, atrás de um emprego
de paletó e sapato
olhando para todos os lados, cheio de medo

Quero distinguir o sabor do dissabor
entender o que não há por que, explicação
ver sentido na vida, no amor e na dor
No meu ganha-pão há razão ?

Perguntar à todos, se há todos
buscar algo já achado não faz meu tipo
viver ou sobreviver
suicídio ou sobrevida do ser ?

Sinto-me tão confuso e perdido(tonteira, sem ar...)
por mais que já esteja familiarizado com este sentimento
tudo soa como uma prisão, um labirinto
a realidade me parece tão frágil, tudo soa puro fingimento

Mas vamos brincar de fingir, vamos ?
por mais que não me sinta à vontade com isso
porém não há escapatória, nem tento fugir(fraqueza)
há diferenças em algo, em tudo, em nada ?
prefiro abstrair!

Não pensar em vida ou em morrer.
fingir saída ou simplesmente sofrer?
mentir para si e ganhar a vida, dinheiro ou apenas sorrir?
por mais que não haja como, só penso em fugir
novamente a opção é abstrair
esqueça-me!

Por fim proponho a mim mesmo:
auto-esquecimento...
de que eu eestava a falar ?
sei lá, sem saco de pensar
vou apenas abstrair...

Ah...Maldita claustrofobia!

(Gustavo Arêas)